Os cristais de neve e o Criador

O Sr. A.J.Pace, desenhista do periódico evangélico “Sunday School Times”, fala de sua entrevista como finado Wilson J. Bentley, perito em microfotografia (fotografar o que se vê através do microscópio). Por mais de um terço se século esse senhor fotografou cristais de neve. Depois de haver fotografado milhares desses cristais ele observou três fatos principais: primeiro que não havia dois flocos iguais; segundo, todos eram de um padrão formoso; terceiro todos eram invariavelmente de forma sextavada. Quando lhe perguntaram como se explicava essa simetria sextavada, ele respondeu: “Decerto, ninguém sabe senão Deus, mas a minha teoria é a seguinte: Como todos sabem, os cristais de neve são formados de vapor de água, a temperaturas abaixo de zero, e a água se compõe de três moléculas, duas de hidrogênio que se combina com uma de oxigênio. Cada molécula tem uma carga de eletricidade positiva e negativa, a qual tem a tendência de polarizar-se nos lados opostos. O algarismo três, portanto, figura no assunto desde o começo”.
      “Como podemos explicar estes pontinhos tão interessantes, as voltas e as curvas graciosas, e estas quinas chanfradas tão delicadamente cinzeladas, todas elas dispostas com perfeita simetria ao redor do ponto central?” perguntou o Sr. Pace.
              Encolheu os ombros e disse: “Somente o Artista que os desenhou e os modelou        conhece o processo”.
Estudioso desvendou a vida secreta dos flocos de neve, fotografando os diferentes cristais de gelo
         Sua declaração acerca do “algarismo três que figura no assunto” me pôs a pensar. Não seria então que o Trino Deus, que modela toda a formosura da criação, rubrica a própria trindade nestas frágeis estrelas de cristais de gelo como quem assina seu nome em sua obra prima? Ao examinar os flocos de neve ao microscópio, vê-se instantaneamente que o principio básico da estrutura do floco de neve é o hexágono ou a figura de seis lados, o único exemplo disso em todo o reino da geometria a este respeito. O raio do circulo circunscrevente é exatamente igual ao comprimento de cada um dos seis lados do hexágono. Portanto, resultam seis triângulos eqüiláteros reunidos ao núcleo central, sendo todos os ângulos de sessenta graus, a terça parte de toda a área num lado duma linha reta. Que símbolo sugestivo do Trino Deus é o triangulo! Aqui temos unidade: um triângulo, formado de três linhas, cada parte indispensável à integridade do conjunto.  
   A curiosidade agora me impeliu a examinar as referencias bíblicas sobra a palavra “neve”, e descobri, com grande prazer, este mesmo “triângulo” inerente na Bíblia. Por exemplo, há 21 (3×7) referencias contendo o substantivo “neve” no Antigo Testamento e 3 no Novo Testamento, 24 ao todo. Então achei 3 referências que falam da “lepra tão branca como a neve”. Três vezes a purificação do pecado é comparada à neve. Achei mais três que falam de roupas “tão brancas como a neve”. Três vezes a aparência do Filho de Deus compara-se à neve. Mas a maior surpresa foi ao descobrir que a palavra hebraica “neve”, é composta inteiramente de algarismo “três”! É fato, embora não seja geralmente conhecido que, não tendo algarismos, tanto os hebreus como os gregos usam as palavras de seu alfabeto como algarismos. Bastava um olhar casual de um hebreu à palavra SHELEG (palavra hebraica que quer dizer “neve”) para ver que ela significava o algarismo 333, bem como significa “neve”. No hebraico a primeira letra, que corresponde a nossa “SH”, vale 300; a segunda consoante “L” vale 30; e a consoante final, o nosso “G”, vale 3. somando-as, temos 333, três algarismos de três. Curioso, não é verdade? Mas por que não esperar exatidão matemática dum livro plenamente inspirado, tão maravilhoso quanto o mundo que Deus criou?   
          Acerca de Deus disse Jó “Faz grandes coisas que não podemos compreender. Pois diz à neve: Cai sobre a terra” (Jó 37:5, 6). Eu já gastei dois dias inteiros para copiar com pena e tinta o desenho de Deus de seis cristais de neve e fiquei muito fatigado. E como é fácil para ele fazê-lo! “Ele diz à neve” – e com uma palavra está feito.
           Imaginem quantos milhões de bilhões de cristais de neve caem sobre um hectare de terra durante uma hora, e imaginem se puderem, o fato surpreendente de que cada cristal tem sua individualidade própria, um desenho e um modelo sem duplicata nesta ou em qualquer outra tempestade. “Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é não posso atingir” (Sal. 139:6). Como pode uma pessoa ajuizada, diante de tal evidencia de desígnios, multiplicados por um sem número de variedades, duvidar da existência e da obra do Desenhista, cuja capacidade é imensurável?! Um Deus capaz de fazer tantas belezas é capaz de tudo, até mesmo de moldar as nossas vidas dando-lhes beleza e simetria. 
  
  

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Editora Vida, 8° edição  . 

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